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Asclepias syriaca

Nova espécie: 

Erva perene de até 2m de altura, com caules robustos e erectos, com pelos curtos e suaves e com uma seiva leitosa. Todas as partes da planta contêm látex.

Nome científico: Asclepias syriaca L.

Nome vulgar: algodão-bravo

Família: Apocynaceae (ex. Asclepiadaceae)

Estatuto em Portugal: integra a Lista Nacional de Espécies Invasoras (anexo II do Decreto-Lei nº 92/2019, de 10 julho)

Nível de risco: Em avaliação para Portugal

Sinonímia: Asclepias apocinum Gaterau, Asclepias capitellata Raf., Asclepias cornuti Decne., Asclepias globosa Stokes, Asclepias grandifolia Bertol., Asclepias illinoensis Michx. ex Steud., Asclepias intermedia Vail, Asclepias kansana Vail, Asclepias pubigera Dumort., Asclepias syriaca f. inermis J.R.Churchill, Asclepias syriaca var. kansana (Vail) E.J.Palmer & Steyerm., Asclepias syriaca f. leucantha Dore, Asclepias syriaca f. polyphylla B.Boivin, Asclepias syriaca f. syriaca, Asclepias syriaca var. syriaca

Data de atualização: 16/03/2023

Ajude-nos a mapear esta espécie na nossa plataforma de ciência cidadã.

 

Família: 
Porte: 

Como reconhecer
Subarbusto perenifólio de até 160 cm de altura, com caules robustos e eretos, com pelos curtos e suaves e com uma seiva leitosa. Todas as partes da planta contêm látex.

Folhas: opostas, ovado-lanceoladas a elípticas, com 12-21 x 6-11 cm, glabras na página superior e branco-tomentosas na página inferior, com pecíolo de 6-30 mm.

Flores: reunidas em umbelas terminais, com 40-60 flores, com pedicelos pilosos de 16-35 mm. Corola rosada, com uma pequena coroa branco-rosada, com apêndices em forma de capuz. Apenas 3% das flores produzem frutos; a maioria das inflorescências caem aproximadamente 10 dias após a abertura. As flores têm um cheiro doce e produzem grandes quantidades de néctar.

Frutos: folículos ovóides, inflados, com até 10 cm, com papilas agudas, castanho acinzentados. Sementes comprimidas, aladas, com um tufo apical de finos pelos brancos, sedosos, com 2,5-3 cm. 

 

Floração: junho a agosto

 

Espécies semelhantes
Distingue-se de outras Apocynaceae pelas flores com coroa com apêndices em forma de capuz, reunidas em umbelas terminais. Asclepias curassavica distingue-se por ter flores alaranjadas e pelo n.º de flores da umbela (8-11) enquanto A. syriaca tem 40-60 flores. Não frequente em Portugal, Asclepias speciosa é semelhante mas distingue-se por ter folhas mais largas, ovais, arredondadas ou em forma de coração, e flores menores. Gomphocarpus, cujas flores podem ser semelhantes, distingue-se por ter umbelas nas axilas das folhas (e não terminais) e flores brancas, amareladas ou cremes.

 

Características que facilitam a invasão
Propaga-se por semente e vegetativamente. Adaptada a uma ampla gama de condições climáticas e edáficas. Fonte de néctar para borboletas, abelhas e outros insetos, o que facilita a polinização. Tolera ou beneficia do cultivo, do corte, dos incêndios, etc. É pioneira em áreas perturbadas.

Área de distribuição nativa
América do Norte.

 

Distribuição em Portugal

Não existem registos da sua ocorrência em Portugal.

Para verificar localizações mais detalhadas desta espécie, verifique o mapa interactivo online ou o projeto invasoras.pt que criamos no Biodiversity4ll (iNaturalist). Estes mapas ainda estão incompletos – precisamos da sua ajuda! Contribua submetendo registos de localização da espécie onde a observar. 

                     

Outros locais onde a espécie é invasora
Invasora no Sul Europa e na Europa Central.

 

Razão da introdução
Introduzida como planta ornamental, como espécie melífera e usada também para produção de fibra.

 

Ambientes preferenciais de invasão
Invade bosques, pastagens, estradas, ferrovias, campos com alguma lavoura, etc. É comumente encontrada em solos bem drenados de textura argilosa e cresce melhor sob luz solar intensa ou sombra moderada.

Impactes nos ecossistemas
Causa impactes negativos nas espécies nativas e na biodiversidade, provocando danos em pastagens, em áreas de dunas e em zonas ribeirinhas. Adicionalmente, tem efeitos alelopáticos.

 

Impactes económicos
É invasora em áreas cultivadas. As culturas mais afetadas são a soja, o milho, o amendoim, o sorgo e a aveia.

 

Outros impactes
Contem várias substâncias venenosas para o gado e causa respostas alérgicas.

O controlo de uma espécie invasora exige uma gestão bem planeada, que inclua a determinação da área invadida, identificação das causas da invasão, avaliação dos impactes, definição das prioridades de intervenção, seleção das metodologias de controlo adequadas e sua aplicação. Posteriormente, será fundamental a monitorização da eficácia das metodologias e da recuperação da área intervencionada, de forma a realizar, sempre que necessário, o controlo de seguimento.

As metodologias de controlo usadas em Asclepias syriaca incluem:

 

Controlo físico
Métodos físicos: Plantas mais jovens podem ser arrancadas, se necessário com auxílio de ferramentas. A remoção através de corte pode agravar o problema, na medida em que estimula o crescimento de rebentos de raiz.

 

Controlo biológico
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Controlo químico
As plântulas podem ser controladas com herbicida; no caso de plantas maiores, as partes aéreas podem ser destruídas, mas o crescimento de raízes adventícias é estimulado.

 

Visite a página Como Controlar para informação adicional e mais detalhada sobre a aplicação correta destas metodologias.

CABI (2012) Asclepias syriaca. In: Invasive Species Compendium. CAB International, Wallingford, UK. Disponível: http://www.cabi.org/isc/ [Consultado 08/04/2020].

The Plant List (2013) Asclepias syriaca. Versão 1.1. Disponível: http://www.theplantlist.org/ [Consultado 08/04/2020].

Tokarska-Guzik B, Pisarczyk E (2015) Risk Assessment of Asclepias syriaca. NAPRA EU amendmemt Final.

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (2020) Asclepias syriaca. In: UTAD Jardim Botânico. Vila Real, PT. Disponível: https://jb.utad.pt [Consultado 08/04/2020].