ATENÇÃO! Espécie invasora nos Açores e Madeira, mas nativa no continente.
Arbusto com espinhos robustos muito ramificado, até 2 m. Flores amarelas vistosas.
Nome científico: Ulex europaeus L.
Nome vulgar: carqueja, tojo, pica-rato
Família: Fabaceae
Estatuto em Portugal: espécie invasora nos Açores e na Madeira. Introduzida a partir de Portugal Continental onde é nativa.
Nível de risco: Esta espécie está no 3º lugar do TOP 100 da Flora e Fauna Terrestre Invasora na Macaronésia.
Sinonímia: Ulex europaeus subsp. borealis Rothm., Ulex europaeus subsp. europaeus
Data de atualização: 28/11/2016 | Perfil elaborado pela Equipa do Grupo de Biodiversidade dos Açores, da Universidade dos Açores.
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Como reconhecer
Arbusto espinhoso muito ramificado, até 2 m. Flores amarelas.
Folhas: folhas todas reduzidas a filódios espinhosos rígidos. Espinhos até 2,5 cm.
Flores: bractéolas por baixo do cálice maiores que 2 mm; cálice 10-17 mm amarelado densamente viloso e persistente, corola papilionácea amarela, 15-20 mm.
Frutos: vagem 14-19 mm x 6-8 mm, ligeiramente comprimida, vilosa com 4-6 sementes, verde acastanhadas, reniformes.
Floração: fevereiro a junho.
Espécies semelhantes
Há várias espécies do género Ulex semelhantes mas distinguem-se porque este é o único que apresenta bractéolas maiores que 2 mm.
Características que facilitam a invasão
A planta atinge a maturação sexual em 2 a 3 anos e reproduz-se por via seminal com a produção de centenas a milhares de sementes / planta / ano e por via vegetativa através de fragmentos da planta. É favorecida por alterações do território, transportada em máquinas e pelo Homem.
Área de distribuição nativa
Europa Central e Ocidental, incluindo Portugal Continental.
Distribuição (enquanto espécie exótica) em Portugal
Arquipélagos dos Açores (todas as ilhas) e da Madeira (Ilhas Selvagens e ilha da Madeira) .
Para verificar localizações mais detalhadas desta espécie, verifique o mapa interactivo online. Este mapa ainda está incompleto – precisamos da sua ajuda! Contribua submetendo registos de localização da espécie onde a conhecer.
Áreas geográficas onde há registo da presença de Ulex europaeus
Outros locais onde a espécie é invasora
Sul Europeu, Norte África, Índia, China Indonésia, América (Norte, Sul e Central), Santa Helena, Austrália, Tasmânia, Nova Zelândia e Pacífico.
Razão da introdução
Introdução intencional para fins ornamentais.
Ambientes preferenciais de invasão
Arribas, pastos abandonados, ravinas, margem das florestas laurifólia e matos macaronésicos.
Embora legalmente não seja considerada invasora em Portugal, revela comportamento invasor em algumas localizações.
Impactes nos ecossistemas
A espécie forma manchas densas que rompem a estrutura, a abundância e sucessão dos ecossistemas que invade. Impede o desenvolvimento da vegetação nativa e reduz a diversidade de espécies por competição e recrutamento.
Impactes económicos
Potencialmente, custos elevados na aplicação de medidas de controlo.
Habitats Rede Natura 2000 mais sujeitos a impactes
– Florestas esclerófilas mediterrânicas ( Laurissilva macaronésica) – 9360.
O controlo de uma espécie invasora exige uma gestão bem planeada, que inclua a determinação da área invadida, identificação das causas da invasão, avaliação dos impactes, definição das prioridades de intervenção, seleção das metodologias de controlo adequadas e sua aplicação. Posteriormente, será fundamental a monitorização da eficácia das metodologias e da recuperação da área intervencionada, de forma a realizar, sempre que necessário, o controlo de seguimento.
As metodologias de controlo usadas em Ulex europaeus incluem:
Controlo físico + químico
As plantas adultas são cortadas e as touças tratadas com glifosato. Há referências que referem que os rebentos e as plantas inteiras podem ser pulverizadas com dicamba, triclopir, ou 2,4-D e triclopir.
Utilizar apenas os herbicidas homologados para a espécie e de acordo com a lei em vigor. Seguir as instruções de aplicação do rótulo e do produtor.
Controlo químico:
Em alguns locais recorre-se à pulverização das plântulas com picloram ou triclopir.
Utilizar apenas os herbicidas homologados para a espécie e de acordo com a lei em vigor. Seguir as instruções de aplicação do rótulo e do produtor.
Fogo
A queima remove os arbustos mas estimula a germinação das sementes. O pastoreio é normalmente utilizado para controlar as plântulas e rebentos.
Visite a página Como Controlar para informação adicional e mais detalhada sobre a aplicação correta destas metodologias.
Fernandes FM, Garcia Gallo A, Silva L (2008) Ulex europaeus L. In: Silva L, E Ojeda Land & JL Rodríguez Luengo (eds.) Flora e Fauna Invasora da Macaronésia. TOP 100 nos Açores, Madeira e Canárias, pp. 205-208. ARENA, Ponta Delgada.
Schäfer H (2005) Flora of the Azores. A Field Guide. Second Enlarged edition. Margraf Publishers, Weikersheim.
The Plant List. Ulex europaeus L. Disponível: http://www.theplantlist.org/tpl1.1/search?q=Ulex+europaeus [Consultado 08/10/2015].
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