As oliveiras na região italiana de Apúlia estão, desde há algum tempo, em risco devido a uma bactéria invasora (Xylella fastidiosa). Esta bactéria impede a circulação de seiva na árvore, levando a que as folhas se tornem amarelas e, posteriormente, castanhas, acabando por cair. O mesmo fenómeno acaba por acontecer nos ramos.
Para além da bactéria ter sido detectada em oliveiras, a mesmo também pode afectar espécies como a amendoeira e o carvalho, entre outras, colocando em risco as espécies (o que pode ser particularmente grave no caso das espécies nativas) e diminuindo a produtividade ( o que é particularmente grave nas espécies cultivadas). A propagação desta bactéria pode ser efectuada através de insectos que se alimentam de seiva infectada ou através da importação de plantas contaminadas, pelo que o grau de incidência tem potencial para vir a ser elevado. Uma cigarrinha (Philaenus spumarius (Hemiptera: Aphrophoridae)) foi identificada como vector na região de Apulia mas todos os insectos que se alimentam da seiva-bruta (transportada nos vasos xilémicos - madeira), na Europa, são considerados como potenciais vectores.
Its “establishment and spread in the EU is very likely,” the scientists’ report says. “The consequences are considered to be major because yield losses and other damage would be high and require costly control measures.”
Tendo em conta este panorama, a Comissão Europeia solicitou uma avaliação do risco associado a esta bactéria e, de acordo com a European Food Safety Authority (EFSA) (que realizou a análise de risco), existem algumas medidas de controlo que podem ser tomadas para diminuir a probabilidade de entrada da bactéria em novas áreas e, em alguns casos, minimizar as consequências de infecção. Essas medidas incluem, por exemplo, a criação de áreas produção livres da praga, a vigilância e certificação das plantas, a produção em estufas controladas. Para prevenir a entrada dos insectos vectores podem tomar-se medidas como tratamento com insecticidas e a inspecção tanto de remessas de plantas como dos locais de produção.
Mais informação disponível em EFSA, num artigo recente da revista Science (se tem interesse em ler, mas não tem acesso, contacte-nos) e no Boletim do INIAV sobre a bactéria.
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